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domingo, 28 de junho de 2020

KARDEC, EMMANUEL E LGBT+

SEU FILHO NÃO É GAY, ELE ESTÁ GAY NESSA ENCARNAÇÃO


Nada pode nos trazer mais sofrimento do que o olhar adoecido das pessoas sobre quem somos realmente.
E essa dor é bem maior quando o olhar adoecido vem dos nossos pais.
Enfrentar o mundo e o preconceito é doloroso, mas esse peso se acentua sobremaneira quando nossos pais se aliam a crueldade dos preconceituosos.
Se eles forem religiosos a dor é potencializada pelas palavras de condenação eterna, aliadas a uma comunhão com o demônio, que só pode existir na mente de quem transita pela vida acreditando na história infantil da luta do bem contra o mal.
O que destrói as famílias não é a orientação sexual dos seus membros, ou a condição sexual manifestada.
A destruição se dá pelo olhar adoecido e preconceituoso, pela maldade explicita em se expulsar um filho de casa.
"Quando um homem heterossexual afirma que a homossexualidade é antinatural, o que está dito na verdade? Que todos os seres humanos do planeta, se quiserem ser naturais, tem que ser iguais a ele."
O problema da discriminação em qualquer instância da vida humana se encontra nos olhos maus e condicionados as "verdades absolutas".
Quantos jovens se lançam a prostituição?
Quantos se suicidam porque aceitam o olhar doentio da família como sentença de morte?
Se a orientação e a condição sexual do seu semelhante incomoda é preciso buscar tratamento para mudar o olhar a respeito da vida das pessoas.
O que realmente dói é a discriminação dos pais com relação a seus filhos.
Alguns pais parecem amar mais a genitália e forma social dos seus filhos do que a essência deles enquanto espíritos.
Assusta o número de pessoas que se afirmam espíritas e agem preconceituosamente.
Para compreender o quanto as experiências homoafetivas fazem parte de processos evolutivos basta estudar Kardec, que segue como desconhecido para muitos pseudo espíritas que não leem as obras básicas, e se leem o preconceito lhes cega a visão.
O espírito não tem sexo como o compreendeis, respondem os imortais a indagação do Codificador.
Não nos faltam recursos educativos dentro do Espiritismo para curar a "catarata" preconceituosa dos nossos olhos enfermiços.
Emmanuel no livro Vida e Sexo como oftalmologista do evangelho, nos diz na introdução do referido livro:  "E para não nos delongarmos em considerações desnecessárias, concluiremos que, em torno do sexo, será justo sintetizarmos todas as digressões nas normas seguintes: Não proibição, mas educação. Não abstinência imposta, mas emprego digno, com o devido respeito aos outros e a si mesmo. Não indisciplina, mas controle. Não impulso livre, mas responsabilidade. Fora disso, é teorizar simplesmente, para depois aprender ou reaprender com a experiência. Sem isso, será enganar-nos, lutar sem proveito, sofrer e recomeçar a obra da sublimação pessoal, tantas vezes quantas se fizerem precisas, pelos mecanismos da reencarnação, porque a aplicação do sexo, ante a luz do amor e da vida, é assunto pertinente à consciência de cada um."
Se seus filhos evidenciarem durante a infância ou adolescência uma condição sexual diferente das suas expectativas, não o mate emocionalmente com seu preconceito.
Não renegue seu filho, porque mais do que ele, é você que tem o que aprender com essa experiência que a divindade te concedeu.
Ame seu filho, entendendo que o caráter das pessoas não reside na sua condição ou orientação sexual, mas o preconceito revela o caráter de quem o dissemina.
Segue abaixo um trecho escrito por Allan Kardec que nos esclarece de maneira definitiva quanto as nossas experiências no campo da sexualidade aqui na Terra.
Lembre-se: seu filho não é gay, ele está gay nessa encarnação, se você é de fato espírita entenderá essa afirmação.
"Se essa influência da vida corporal repercute na vida espiritual, o mesmo se dá quando o Espírito passa da vida espiritual para a corporal. Numa nova encarnação, ele trará o caráter e as inclinações que tinha como Espírito; se ele for avançado, será um homem avançado; se for atrasado, será um homem atrasado. Mudando de sexo ele poderá, portanto, sob essa impressão e em sua nova encarnação, conservar os gostos, as inclinações e o caráter inerentes ao sexo que acaba de deixar. Assim se explicam certas anomalias aparentes, notadas no caráter de certos homens e de certas mulheres." (Revista Espírita - Janeiro 1866 - As mulheres tem alma?)

Adeilson Salles

10 comentários:

  1. Não somos heteroafetivos ou homoafetivos. Estamos nestas condições devido às construções singulares que atendem às nossas necessidades de aprendizado.

    A Lei natural nos garante a possibilidade de construções diversas para nos construirmos como espíritos imortais durante os processos encarnatorios.

    Por que temos tanta dificuldade em aceitar a singularidade que promove tanta diversidade?

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  2. Determinsdas atitudes desumanas e preconceituosas, demonstram uma grande faltta de amor e compaixão para cpm o problema do outro. No passado, um pai orguljodo e prepotente expulsava de casa a filha que engravidou do namorado, dizendo que a filha ofendeu a honrra da familia, quando a verdadeira desonrra é um pai expulsar de casa uma flha grávida. Hoje acontece algo parecido com os homossexuais que não encontram amparo na familia para enfrentar a sua prova. Emmanuel diz no cap. 21 do livro Vida e Sexo que a homossexualidade é uma prova espiritual do Espirito para reajustar os sentimentos, devido ao mau uso da sexualidade em vida passada.Se nas outras provas como deficiencia fisica ou mental os pais acolhem seus filhos. Porque não acolhelos na prova da homossexualidade?

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  3. Excelente Meu Amigo. Infelizmente estamos longe de uma compreensão que na realidade é simples, por que o Amor deveria prevalecer. Mas essas explicações que vc implementou aqui e o faz pela vida afora, precisa ser repetida exaustivamente, para forçar a reflexão de alguns, nem que seja na marra. Deus o abençoe grandemente.

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  4. Quanto à citação da Revista Espírita, é muito importante o nosso entendimento com relação às questões de nossas inclinações do passado nas atuais reencarnações, contudo não podemos nos esquecer que, sempre que houver divergências entre espírito e corpo, kardec deixou claro que se trata de anomalia e, como tal, necessita do nosso entendimento, mas inda continua sendo anômalo. Emmanuel diz que, com educação, emprego digno, controle e responsabilidade, é possível trilhar nossas escolhas destoantes da programação espiritual sem grandes desastres. Fora isso, restará as agruras de aprender ou reaprender com a experiência. Nada, nesse contexto, é simples nem deve ser romantizado.

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